Elementais

"Era uma vez Oberón, o Rei dos Elfos, e Titânia, a Rainha das Fadas.
Os dois supremos do Mundo Encantado se odiavam profundamente...
Até o dia em que juraram, um ao outro, amor eterno."

08/06/2014

Elementais - 09

s quatro reis estavam ajoelhados perante seus soberanos.
Titânia chorava silenciosamente, e Oberón parecia estar ainda mais impaciente.
― Por que elas não estão aqui? – Sua voz saiu grave, delatando um grande esforço para não se alterar.
De nada adiantaria, ele sabia disso, mas era difícil conter o seu gênio forte.
― Elas ainda não compreenderam a gravidade da situação, senhor. – Respondeu Paralda serenamente. – Ainda não decifraram a chave que demos a elas.
Titânia soltou um suspiro, chamando a atenção do marido.
― Acho que não devo lembrá-los de que o Véu está fino demais, não é? Que minha filha está no mundo humano sem proteção, e que Salamaiter está ficando cada vez mais forte.
Os quatro ficaram em silêncio. Não sabiam o que dizer a ele, apenas que Morag e Ëmmar estavam lá, à sua procura. Oberón tinha consciência de que a busca seria fácil, pois sabiam que ela estava no mesmo Instituto que as guerreiras escolhidas, porém, e que nada mais poderia ser feito. Eles não podiam atravessar a barreira mais do que Gob havia feito para chamar a atenção de Sibelle. Era perigoso.
O jeito era esperar.


Uma grande pata felina atravessou o nada, pisando nas folhas mortas no chão. Em seguida, a outra, trazendo consigo o grande corpo de leão, com uma cabeça de dragão de um lado, e uma cabeça de cabra do outro.
A quimera passou totalmente pelo Véu invisível, abriu suas grandes asas e olhou em volta. Todas as três cabeças atentas a qualquer movimento e o rabo de serpente se debatendo de um lado para o outro.
A cabeça de dragão esticou-se o máximo que conseguiu, para olhar acima dos arbustos ou além das árvores em volta, enquanto a cabeça de leão farejava o ar. Sua presa estava por perto, e ela podia sentir facilmente o seu cheiro doce.

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