s quatro reis estavam ajoelhados perante seus soberanos.
Titânia chorava silenciosamente, e Oberón parecia estar
ainda mais impaciente.
― Por que elas não estão aqui? – Sua voz saiu grave,
delatando um grande esforço para não se alterar.
De nada adiantaria, ele sabia disso, mas era difícil conter
o seu gênio forte.
― Elas ainda não compreenderam a gravidade da situação,
senhor. – Respondeu Paralda serenamente. – Ainda não decifraram a chave que
demos a elas.
― Acho que não devo lembrá-los de que o Véu está fino
demais, não é? Que minha filha está no mundo humano sem proteção, e que
Salamaiter está ficando cada vez mais forte.
Os quatro ficaram em silêncio. Não sabiam o que dizer a ele,
apenas que Morag e Ëmmar estavam lá, à sua procura. Oberón tinha consciência de
que a busca seria fácil, pois sabiam que ela estava no mesmo Instituto que as
guerreiras escolhidas, porém, e que nada mais poderia ser feito. Eles não
podiam atravessar a barreira mais do que Gob havia feito para chamar a atenção
de Sibelle. Era perigoso.
O jeito era esperar.
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Uma grande pata felina atravessou o nada, pisando nas folhas mortas no chão. Em seguida, a outra, trazendo consigo o grande corpo de leão, com uma cabeça de dragão de um lado, e uma cabeça de cabra do outro.
Uma grande pata felina atravessou o nada, pisando nas folhas mortas no chão. Em seguida, a outra, trazendo consigo o grande corpo de leão, com uma cabeça de dragão de um lado, e uma cabeça de cabra do outro.
A quimera passou totalmente pelo Véu invisível, abriu suas
grandes asas e olhou em volta. Todas as três cabeças atentas a qualquer
movimento e o rabo de serpente se debatendo de um lado para o outro.
A cabeça de dragão esticou-se o máximo que conseguiu,
para olhar acima dos arbustos ou além das árvores em volta, enquanto a cabeça
de leão farejava o ar. Sua presa estava por perto, e ela podia sentir
facilmente o seu cheiro doce.
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