Elementais

"Era uma vez Oberón, o Rei dos Elfos, e Titânia, a Rainha das Fadas.
Os dois supremos do Mundo Encantado se odiavam profundamente...
Até o dia em que juraram, um ao outro, amor eterno."

11/05/2014

Elementais - 06


"
as... É pra ter uma biblioteca por aqui! Tem que ter! Não é possível que uma escola tão grande assim não tenha uma biblioteca!" – Cookie andava pelos corredores se perguntando por que raios procuraria uma biblioteca em plena semana de férias, quando poderia estar no seu quarto jogando seu vídeo-game novo. Mas perdeu o foco quando passou por uma porta entreaberta que a atraiu magicamente.
Parou e voltou alguns passos confirmando sua dúvida. Pensara ter ouvido música saindo pela porta e quando espiou, viu uma jovem de longos cabelos louros, quase dourados caídos no meio das costas, tocando um violino, acompanhada por alguém ao piano.
É a menina que eu vi ontem. – Pensou ela animada. Seria uma excelente oportunidade para começar uma amizade. Não precisou aparecer para que a menina notasse a sua presença ali. Foi como se ela tivesse escutado os seus pensamento, parando de tocar e mirando-a tranqüilamente nos olhos.
 ― Olá, bom dia. – ela disse de modo agradável.
O piano parou de tocar também.
 ― Fiona, o que foi? – a voz suave e masculina ecoou pelo palco.
Cookie corou violentamente. – “Eu não queria atrapalhar.” – foi então que percebeu que havia caminhado já para o meio do anfiteatro.
 ― Não atrapalhou. – respondeu a menina com tanta doçura que mais parecia uma princesa de contos de fadas. Virou-se então para o pianista. – Temos platéia, David.
O menino que há pouco tocava levantou-se e foi até Fiona. Ele era, Cookie percebeu corada, alto e esguio. Pálido e de cabelos lisos e castanho-escuro com mechas naturais em cor-de-mel num corte “tigelinha”. Seus olhos âmbar brilhavam por trás das finas e delicadas lentes, quase transparentes e seu sorriso delatava duas covinhas em suas bochechas rosadas.
David olhou para Cookie, sorriu para ela, descendo do palco para cumprimentá-la. – “Olá. Meu nome é David. Como se chama?”
Sua voz era tão doce quanto o mel e Cookie apenas o fitava, não se mexia. Estava hipnotizada por ele.
 ― Oi, tem alguém aí? – O menino ainda sorria para ela de forma angelical.
Fiona olhou para os dois, para Cookie, desviou o olhar e sugeriu um sorriso compreensivo.
 ― Você estava procurando alguém? – ela perguntou docemente, descendo do palco, tentando chamara atenção da garota para si. – Eu me chamo Fiona. Acabei de me transferir para cá. Como se chama?
Cookie olhou para ela, ainda vermelha, agora de vergonha. – “Ah... é... Cookie.”
 ― Que nome diferente. – Mesmo não sendo o melhor comentário feito a uma pessoa, proferido por Fiona, fora quase como um elogio.
Cookie sorriu para ela.
 ― Em que casa está? – David voltou a perguntar, mas Cookie ficou em silêncio novamente, olhando para ele corada. Fiona riu delicadamente como uma fada e aproximou-se, ficando entre os dois. – Somos da casa do Ar, você é de qual casa? – David insistiu.
Mas Cookie continuava calada. Fiona riu e tomou a garota pela mão, caminhando com ela para fora do salão. – “O que você está achando daqui? Este castelo não é cada vez mais fascinante?”
 ― S... sim. – Sua voz voltou assim que sua atenção foi desviada. – É um castelo enorme! E-eu... gosto bastante de arquitetura antiga assim...
 ― Sério? Eu também gosto. Ah, e você sabia que no final da semana vamos ter um baile de boas vindas?
 ― Nós... Vamos?
David não compreendeu o pequeno desconforto causado por ter sido ignorado daquela maneira, mas ainda assim, seguiu-as para tour.

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