as... É pra ter uma
biblioteca por aqui! Tem que ter! Não é possível que uma escola tão grande
assim não tenha uma biblioteca!" – Cookie andava pelos corredores se perguntando
por que raios procuraria uma biblioteca em plena semana de férias, quando
poderia estar no seu quarto jogando seu vídeo-game novo. Mas perdeu o foco
quando passou por uma porta entreaberta que a atraiu magicamente.
Parou e voltou alguns passos confirmando sua dúvida. Pensara
ter ouvido música saindo pela porta e quando espiou, viu uma jovem de longos
cabelos louros, quase dourados caídos no meio das costas, tocando um violino,
acompanhada por alguém ao piano.
É a menina que eu vi
ontem. – Pensou ela animada. Seria uma excelente oportunidade para começar
uma amizade. Não precisou aparecer para que a menina notasse a sua presença
ali. Foi como se ela tivesse escutado os seus pensamento, parando de tocar e
mirando-a tranqüilamente nos olhos.
― Olá, bom dia. – ela
disse de modo agradável.
O piano parou de tocar também.
― Fiona, o que foi? –
a voz suave e masculina ecoou pelo palco.
Cookie corou violentamente. – “Eu não queria atrapalhar.” –
foi então que percebeu que havia caminhado já para o meio do anfiteatro.
― Não atrapalhou. –
respondeu a menina com tanta doçura que mais parecia uma princesa de contos de
fadas. Virou-se então para o pianista. – Temos platéia, David.
O menino que há pouco tocava levantou-se e foi até Fiona.
Ele era, Cookie percebeu corada, alto e esguio. Pálido e de cabelos lisos e castanho-escuro
com mechas naturais em cor-de-mel num corte “tigelinha”. Seus olhos âmbar
brilhavam por trás das finas e delicadas lentes, quase transparentes e seu
sorriso delatava duas covinhas em suas bochechas rosadas.
David olhou para Cookie, sorriu para ela, descendo do palco
para cumprimentá-la. – “Olá. Meu nome é David. Como se chama?”
Sua voz era tão doce quanto o mel e Cookie apenas o fitava,
não se mexia. Estava hipnotizada por ele.
― Oi, tem alguém aí?
– O menino ainda sorria para ela de forma angelical.
Fiona olhou para os dois, para Cookie, desviou o olhar e
sugeriu um sorriso compreensivo.
― Você estava
procurando alguém? – ela perguntou docemente, descendo do palco, tentando chamara
atenção da garota para si. – Eu me chamo Fiona. Acabei de me transferir para
cá. Como se chama?
Cookie olhou para ela, ainda vermelha, agora de vergonha. –
“Ah... é... Cookie.”
― Que nome diferente.
– Mesmo não sendo o melhor comentário feito a uma pessoa, proferido por Fiona,
fora quase como um elogio.
Cookie sorriu para ela.
― Em que casa está? –
David voltou a perguntar, mas Cookie ficou em silêncio novamente, olhando para
ele corada. Fiona riu delicadamente como uma fada e aproximou-se, ficando entre
os dois. – Somos da casa do Ar, você é de qual casa? – David insistiu.
Mas Cookie continuava calada. Fiona riu e tomou a garota
pela mão, caminhando com ela para fora do salão. – “O que você está achando
daqui? Este castelo não é cada vez mais fascinante?”
― S... sim. – Sua voz
voltou assim que sua atenção foi desviada. – É um castelo enorme! E-eu... gosto
bastante de arquitetura antiga assim...
― Sério? Eu também
gosto. Ah, e você sabia que no final da semana vamos ter um baile de boas
vindas?
― Nós... Vamos?
David não compreendeu o pequeno desconforto causado por ter
sido ignorado daquela maneira, mas ainda assim, seguiu-as para tour.
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