as cinco torres existentes no castelo, apenas quatro eram
destinadas aos dormitórios dos alunos; Torre Norte, Torre Sul, Torre Leste e
Torre Oeste. A Torre Central, como os alunos descobriram mais tarde, era
utilizada para as aulas de astronomia.
Depois do almoço, todos os alunos foram explorar o seu novo
lar.
Fiona encantou-se com a sala de música, Cookie contemplou as
piscinas e teve de se segurar para não arrancar as roupas no mesmo instante e
dar um mergulho. Ela amava nadar. Lílieth tomou um caminho parecido, porém entrou
nos ginásios e admirou os artigos para ginástica olímpica.
Sibelle encontrou o que queria. Achou o pomar e sentiu-se em
casa, sorriu como há muito não sorria e o vento soprou com força, fazendo-a
sentir vontade de cantar. Então seus lábios se encolheram outra vez.
Conheceram também a vasta biblioteca, os jardins, as salas
de aula e seus novos quartos.
― O quarto é lindo, querida. – disse a mãe de
Fiona quando viu as cinco camas de dossel e cortinado dispostas ao redor do
amplo espaço circular. Uma pequena cômoda de madeira escura à frente de cada
cama acomodaria os pertences de cada aluno.
― Vou dividir o quarto com mais quatro
meninas. – Ela olhou em volta radiante. – Parece que eu cheguei primeiro. Será
que posso escolher alguma cama?
― Vá em frente, querida. – sua mãe incentivou
balançando suavemente as mãos.
― Todas as camas estão perto de alguma
janela... Acho que vou ficar com esta. – disse, colocando sua mala de mão sobre
a cama de frente para a porta. – assim eu posso conversar com todas as outras.
― E quando vai estudar? – Ela pôs as mãos na
cintura.
― Quando for à biblioteca. – Sua mãe sorriu
com a resposta. – Não se preocupe. Eu estarei bem. Vou telefonar, escrever e
prometo que nada vai atrapalhar os meus estudos.
Sua
mãe a abraçou com força. – “Vou sentir falta da minha menininha.”
― Mãe... ta chorando? – Fiona a afastou.
― Ah, querida. É difícil deixar a sua filha
única em um lugar tão longe. Não poderei lhe dar beijos de boa-noite durante
muito tempo.
Fiona
riu. – O que vai acontecer com você quando eu me casar?
― Você não vai se casar. Seu pai e eu vamos
impedir que cresça. – sua mãe respondeu entre um riso e um chorinho.
― Precisa me deixar crescer, mãe.
― Eu sei, querida. Eu sei. – Ela limpou o
rosto com as costas da mão e olhou bem para a menina. – Você é uma Princesa,
sabia disso?
― Eu sei, mãe. Sou a sua princesinha. E do
papai.
Sua
mãe sorriu conformada e a abraçou mais uma vez. – “Agora eu preciso ir. Faça
muitos amigos aqui.”
― Obrigada por tudo, mãe. - Lílieth respirou fundo e abraçou sua mãe, que chorava.
― Minha filha está crescendo. – Fungou
discretamente e a abraçou saudosamente. – prometa que vai manter contato.
―
Claro que eu vou. – Lílieth riu e apertou a mãe contra si. – Agora preciso
me instalar. Vou pra casa na sexta à noite, prometo.
A mulher rechonchuda limpou as lágrimas com um lencinho e sorriu para a menina, soluçou apenas uma vez, respirou fundo e soltou o ar, deixando a filha e
indo para o carro.
― Cuide-se bem, filha. Não fique perambulando
por aí e estude direito!
― Ceeeeerto, mãe. – Cookie abraçou a mãe
demoradamente, então a deixou entrar no carro.
― Espero que demore para eu receber
reclamações suas. – Ela disse afivelando o cinto e arrumando os óculos escuros
no rosto.
― E eu espero que não. – a menina mostrou a
língua. – gosto de gente com senso de humor.
Sua
mãe apenas balançou a cabeça conformada e deu partida no carro. – “Cuide-se,
querida. Mamãe te ama.”
― Também te amo, mãe. Manda um beijo pro papai.
– Cookie a beijou, e sua mãe se foi.
Sibelle
terminou de guardar suas roupas na cômoda em frente à sua cama e sentou-se
olhando o quarto vazio. Suspirou silenciosamente e resolveu deitar-se, já que
não tinha de quem se despedir.
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